Sunday, July 1, 2012

AMOR NÃO É BARGANHA!!


"A gente vive cercado de esperas todos os dias, o dia todo. É o horário de ir embora do trabalho, o fim de semana, o telefonema no dia seguinte, o amor. A gente espera diariamente pelo amor. Como se magicamente, o homem ou a mulher da nossa vida fosse acordar um dia pela manhã e miraculosamente se dar conta de que não pode mais viver sem a gente. Seria só uma questão de tempo pra bagunça na vida da gente se ajeitar e o coração se aquietar.


E toda vez é sempre diferente. Não importa quantas vezes nosso coração foi partido, não importa quantos desencontros ocorreram, não importa quantas vezes você já esteve aí nessa mesma posição, de espera e descompasso ansiando por uma reviravolta inesperada do destino, a gente sempre acha que amor é uma questão puramente de tempo. E o roteiro parece mudar apenas de protagonistas: se conhecem, se gostam, se amam, se limitam já no primeiro beijo – comigo, você só pode chegar até aqui. Aí a gente ajeita o banquinho da vida, coloca bem pertinho de uma janela bem movimentada, que é pra ficar observando a vida acontecendo lá fora e se senta. Senta e observa um milhão de possibilidade de felicidade passando pela janela trancada pelo cadeado mais poderoso que existe: o livre arbítrio. E o que antes era uma espera, vira um desespero.


A dura verdade é que amor acontece, amor não se espera.


Não importa se você é a pessoa ideal, se os momentos que vocês dividem são únicos, se você o faz rir e ele te faz dormir com os olhos cheios alegria, não importa se vocês seriam imbatíveis juntos – se não aconteceu, se a sementinha do amor não floresceu é porque não era pra ser. Simples assim. Amor cresce sim com os dias, com as horas compartilhadas, com as conversas intermináveis, as viagens, o pôr do sol na praia, o tempo de fato é um poderoso criador e o querer uma arisca criatura. Só que ele vem por si só. Ele vem de você ser você, ele (a) ser ele (a), e você juntos conseguirem ser um “nós” tão incrível que é impossível imaginar esse inteiro como duas metades separadas. Mas amor não é barganha, e talvez essa seja a frase que eu nunca vá me esquecer pelo resto da minha vida. Você não dá o melhor de si em troca de ser amado pelo outro. O amor acontece “apesar de”. Tudo bem, você é legal, simpático (a), agradável, tenta ser o melhor companheiro (a) do mundo, mas o amor vem justamente no sentido oposto. Ele vem trazendo uma xícara de chá quente quando você está insuportável de TPM na sua casa. Ele vem com um silêncio amparado de um abraço naquele dia que qualquer ponto torto é motivo de briga. Ele vem com as próprias pernas, e pra ser verdadeiro, tem que vir trilhando seu caminho assim, cheio de autonomia. Não dá pra forçar o coração do outro a bater pela gente, muito menos dá pra sentar no banquinho beirando a janela esperando que a mágica aconteça. Viver sim, apesar do amor.


Melhor que escolher o amor é deixar o amor escolher a gente, sem esperas. Senão a vida da gente vira quase um romance, mas com o tempo. Um relacionamento cheio de esperas, de vírgulas, de reticências num conto breve que na verdade deveria ser um “felizes para sempre”. Tudo é amanhã, depois, ano que vem, daqui 6 meses. Tem sempre a tal viagem, a tal distância, a tal fase da vida em que a regra é curtir sem compromisso. Tem o tal do limite, aquele que te impede e impede o outro de seguir em frente quando o assunto é o amor. Ironicamente ou não, nossas vontades e as do tempo quase nunca coincidem. Se a gente quer sair brincando pelo jardim, o tempo quer esperar um dia mais ensolarado; se queremos passear de mãos dadas no parque, o tempo quer sapatos melhores para fazer a caminhada. A gente vê o mundo de um jeito, o tempo vê de outro.


A gente tem um dom incrível que na maioria das vezes não é utilizado da melhor maneira possível. É o dom da escolha. Escolher continuar a caminhada ao invés de sentar no banquinho da vida aumenta consideravelmente as chances de o amor encontrar a gente e vice versa. Seja esperando que o príncipe encantado suba pela janela, seja estagnado (a) numa relação sem futuro por puro medo da sua própria companhia, não espere.


Repito: amor não é barganha! Amor é amor, e só. De graça, de mansinho, preguiçoso, livre como todo relacionamento deveria ser. Livre arbítrio amparado pela liberdade de ser, estar e permanecer, que só se constrói sem pressa nenhuma." (Danielle Daian).

Wednesday, October 26, 2011

SUPREENDA-ME!!!


"Chegue sem avisar...
E traga seu encanto...
Desperto de tantas magias...
Que mate essa sensação de perda
E abrande nossos medos
Surpreenda-me com atitudes
Aquela tão contida
Que parece ser ilusão
Mas a maior do seu coração...
Conte-me seu maior desejo
Seu primeiro beijo
Seus sonhos inacabados
Os realizados!
E também os desmoronados...
Declame seus versos
Mudo de palavras
Imersos em seu tão calado sentir...
Mas, conte-me!
Surpreenda-me com seus dissabores...
Valores, calores, fervores... Amores!
Conte-me seu maior medo...
Surpreenda-me com revelações...
E o que ficou só na sua mente...
Ate as mais profanas, insanas
Até as indecentes
Solte suas loucuras...
Seu desejo!!!
Surpreenda-me com seu perfume
Com sua essência
Com sua presença
Desejos no meu caminhar.
Entre atalhos ou desvios
Mas, surpreenda-me!"
(desconhecido)

Monday, August 22, 2011

Que seja Doce!!!


"Desejo ser transparente, sentir a vida com emoção, de todo coração.
Viver a simplicidade, ter um olhar que acalma, um abraço que não se espera, um ombro pra chorar, alguém que faça rir.
Desejo sentir preguiça de ser triste e descansar meu corpo sobre a paz, dias inteiros.
Sorrir muito, chorar pouco.
Arriscar mesmo sentindo o medo arrepiar o corpo inteiro.
A vida é assim de altos e baixos, idas e vindas, perdas e ganhos, desejo aprender a conviver com isso.
Desejo ser uma eterna criança, mesmo sendo grande.
Com um coração bobo, jeito inocente, atitudes suaves.
Desejo a alegria confusa do amor..
Desejo me livrar de tudo o que me pesa, pensamentos ruins, dor no peito, recordações desagradáveis, tirar todo o amargo da vida, por ser doce intensamente por dentro.
Desejo tirar os pés do chão, mesmo não tendo asas, sentir a felicidade pulsando dentro do peito, viver livre, leve e solta como borboletas...."
Desejo isso pra mim, pra você, pra nós dois... que seja DOCE!! 22/08/2011.

Wednesday, July 20, 2011

Feliz Dia do Amigo!!!!



AMIGOS

(Vinicius de Moraes)

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho
deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem desaparecidos todos os meus amores,
mas enlouqueceria se desaparecessem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese,
dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os."

Friday, July 15, 2011

Um Começo.


E chega uma hora que mudar vira uma necessidade gritante. Cansei dos velhos planos, das planilhas velhas, das moedas contadas e de qualquer coisa que deixasse de ser ATITUDE e virasse plano. É hora de por os pingos nos is, de arrumar a bagunça, de expurgar os fantasmas e de tomar minha vida de volta. Já venho querendo mudar muita coisa a um bom tempo. Mas, tudo sempre ficava naquela de depois-mais tarde-amanha-talvez. E que sempre terminava em um resumo de fim de ano no dia 31, com mais coisas para serem feitas no ano seguinte, do que coisas feitas no ano que passou.

Voltei a correr, (quase que diariamente). Com direito a sentir falta da corridinha, em dias de muito cansaço. Agora acordo cedo todo dia( Tarefa, cujo a qual, quem me conhece sabe que é dificílima!!!). Tenho uma cirurgia marcada para Setembro... hora de mudar algo que sempre me incomodou. To me sentindo mais bonita, mais desejada, mais feliz, mas viva. Comecei a me reencontrar com quem eu era. Cortei o cabelo, me olhei no espelho e gostei de mim, gostei do que vi. Estava na hora de fazer as pazes comigo mesma. Começo uma nova etapa, uma nova história e um caminho maravilhoso que depende de muitas coisas, mas depende principalmente de mim. A vida é corrida, tudo muda o tempo todo. Estar vivo é a melhor coisa do mundo. Sempre tive aflição de pessoas que fazem do viver um mero ” existir”. Hora de recomeçar!!! Hora de começar uma nova história!!!!!!!

Saturday, June 4, 2011


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
— Skank - Sutilmente

Thursday, March 31, 2011

O CONTRATO

"Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós.A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre.Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado.Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre.E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita."

By Tati Bernardi.